LEONARDO P. M. GOMES MD PHD - OTORRINOLARINGOLOGISTA
 
Existem técnicas cirúrgicas clássicas e consagradas, que geram excelentes resultados.
 
Existem também novidades surgindo a cada instante, boas e ruins.
 
Naturalmente, os médicos mais velhos tendem a apegar-se a tudo aquilo já atestado pelo tempo e os mais jovens são mais afeitos às novidades.
 
Muitos interesses escusos ditam condutas, estabelecem parâmetros e elaboram protocolos de conduta médica aparentemente insuspeitos. O poder da indústria distorce a realidade. Certamente devemos frequentar os congressos médicos, mas cientes que estes podem ser patrocinados pelo capital, por vezes desprovido de pudores, quando só o lucro importa. Muitas vezes, uma conversa sincera com um colega de profissão amigo de confiança pode favorecer o discernimento. Há que se manter vigilante.
 
Há um aforisma que diz que não devemos ser os primeiros a usar novas técnicas, pois só a experiência que ocorre com a observação dos resultados ao longo do tempo vai poder julgar, realmente, os malefícios e benefícios de uma novidade. Por outro lado, não podemos ser os últimos a incorporar as novidades, sob o risco de nos tornarmos obsoletos.
 
O bom senso demanda a busca constante do equilíbrio entre o tradicional o moderno.