Mantendo-se bem orientado no mar de informações

Antigamente, o acesso a informação era limitado, comprávamos enciclopédias, anotávamos as aulas e até costumávamos xerocar os cadernos dos colegas quando perdíamos alguma aula. Não havia internet ou e-mail. 

No passado, o desafio era ter a informação para poder acessá-la, mas hoje surgiu um novo desafio: saber escolher qual informação tem qualidade e potencial de promover algum diferencial na nossa formação profissional, de modo que valha a pena investir nosso precioso tempo para adquiri-la.

Pode parecer óbvio, mas não é. Muitos se perdem, sem foco, no mar de informações. Se eu for estudar tudo que existe só relacionado a Rinoplastia por exemplo, não faço mais nada na vida. 

Assim, elaborei um plano para me manter atualizado com sabedoria, principalmente no infinito mundo da estética facial. 

Como seria de se esperar, frequento congressos médicos que seleciono pelos temas e pelos palestrantes convidados. Por exemplo, se já possuo significante conhecimento em “Rinoplastia básica”, esse tema não me interessa neste momento. Se já escutei os mesmos palestrantes várias vezes, procuro escolher aqueles que nunca ouvi falar e, de preferência, que sejam referências na área. Também é importante ouvir várias opiniões diferentes: ao invés de só ir a congressos no EUA, é importante frequentar eventos médicos na Europa, por exemplo. 

Depois de tudo isso, é que vem o considero primordial: selecionar os temas  que merecem ser mais profundamente estudados. Analiso quais assuntos foram comentados nestes congressos, por quais profissionais, acesso os artigos científicos e livros por eles escritos e, aí sim, estudo com afinco. Se vou a um bom congresso sobre “cirurgia plástica de face”, que reúne especialistas de nome, de todos os cantos do mundo, e algum paciente me pergunta sobre um tipo de técnica sobre o qual não se falou neste evento, respondo com segurança que não conheço sobre a técnica questionada, pois ela não é de consenso entre os melhores, e eu escolhi não perder meu tempo me aprofundando sobre aquele assunto que, no momento, é irrelevante. Afinal eu não submeteria meus pacientes a nada menos do que técnicas consagradas e efetivas. E acredito estar no caminho certo, meus clientes não gostariam de praticamente serem testados como cobaias. 

Em medicina, em linhas gerais, ao mesmo tempo que não devemos ser os primeiros a usar uma nova tecnologia ou tratamento (já que só o tempo irá mesmo revelar os verdadeiros benefícios e malefícios de tal tratamento), também não podemos ser os últimos, sob a pena de nos tornarmos obsoletos. 

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