Os olhos iluminados

Os olhos iluminados

A cirurgia chamada “Frontoplastia” tem outros nomes: “lifting frontal” ou “elevação de sobrancelhas”. Minha opinião é que outro nome deveria ser usado para descrever melhor esta cirurgia: “iluminação dos olhos”. 

A iluminação dos olhos é o que me parece ser o mais evidente no pós operatório. Isso ocorre porque, com a elevação da região superciliar, removemos uma barreira à incidência da luz solar, que passa a incidir mais diretamente diminuindo as sombras do olhar. Observamos que o “branco dos olhos” fica mais branco e o brilho dos olhos se acentua. Alguns pacientes, em geral aqueles de olhos mais claros, até referem que aumenta a necessidade de usar óculos escuros após a cirurgia.

Outros efeitos que ocorrem: os olhos ficam “amendoandos”, ou seja, mais inclinados como os olhos de um gato, daí a expressão “olhar gateado”.

Quase sempre, essa cirurgia é feita em conjunto com a cirurgia das pálpebras, a chamada “Blefaroplastia”. Das pálpebras superiores basicamente removemos pele em excesso e, das inferiores, essencialmente removemos gordura. Essas cirurgias em conjunto constituem a “cirurgia do terço superior da face”.

Ao contrário do que muitos pensam, a remoção de pele das pálpebras inferioresé limitada para evitar uma complicação chamada “ectrópio”, que é quando as pálpebras inferiores retraem e perdem o contato com os olhos, o que incomoda estética e funcionalmente. Assim, a cirurgia das pálpebras inferiores não remove as rugas da região, ela é feita para remover o excesso de gordura que dá aquela aparência de “inchaço”. 

Então, como consigo remover as rugas das pálpebras inferiores? Os melhores métodos são os chamados “ablativos”, essencialmente o laser de CO2 ou o peeling de fenol. A aplicação desses métodos ablativos pode ser feita no momento da cirurgia ou após, dependendo do caso.

A cirurgia do 1/3 superior é praticamente sem dor no pós operatório, mas pode ocorrer uma coceira na testa à medida que a cicatrização vai progredindo. As cicatrizes tendem a ser imperceptíveis. Muitas vezes o paciente nem precisa pernoitar no hospital e o tempo de afastamento do trabalho é de 10 a 15 dias. Preferencialmente, costumamos operar no começo do ano, pois muitos pacientes planejam passar férias na praia após as festas de fim de ano, mas o banho de sol deve ser evitado por 3 meses.