Qual metade do meu rosto está preenchida com ácido hialurônico?

Esta é uma foto minha durante um preenchimento facial com ácido hialurônico, quando eu deixei de ser o médico para ser o paciente.
No momento da foto, o preenchimento só tinha sido feito de um dos lados do rosto. Antes de continuar a leitura, pare um pouco e tente acertar qual o lado da minha face estava preenchido.
Considere que o preenchimento, na realidade, sempre aumenta o volume da região onde é aplicado. 
Pois é, ao contrário do que muitas pessoas possam ter imaginado observando a foto, o meu lado direito (região zigomática) já havia sido preenchido. O meu lado esquerdo (onde estão marcados, em branco, os pontos que seriam preenchidos) ainda não tinha passado pela aplicação do ácido hialurônico. 
Observe que o lado direito tem mais volume do que o esquerdo, mas parece estar mais magro, um paradoxo. 
Isso ocorre porque o preenchimento é realizado utilizando-se os mesmos princípios de luz e sombra considerados quando se faz uma maquiagem facial. 
Nos blogs “Narciso acha feio o que não é espelho” e “Rinomodulação: verdades e mentiras” eu comentei sobre esse jogo de luz e sombra, a respeito do qual as mulheres entendem muito bem. 
Essa “maquiagem facial”, realizada pelo preenchimento, promove efeitos visuais reais que podem ser apreciados à primeira vista, mas sabemos que são passageiros, podem ter efeitos colaterais associados e, muitas vezes, não substituem uma cirurgia. 
Todas os procedimentos estéticos faciais, desde os mais simples aos mais complexos, tem as suas melhores e piores indicações. Por exemplo, nada melhor do que o uso de neuromoduladores para alivio das rugas de expressão. Para dar volume aos lábios, nada melhor do que o preenchimento com ácido hialurônico. E assim ocorre também com as cirurgias faciais. Em algumas situações, a cirurgia é o único recurso verdadeiramente efetivo para melhorar a aparência facial. Como exemplo temos a Rinoplastia, que comumente é o melhor procedimento para se melhorar a aparência do nariz. 
Em resumo: uma cirurgia não é melhor do que um preenchimento quando o principal desejo do paciente é aumentar os lábios e um preenchimento não é melhor do que uma cirurgia quando se trata de embelezar um nariz.